Perguntaram-me o que vi em você, pensei muito até encontrar a definição exata, refleti por alguns dias, deixei a mente navegar pelos poucos momentos vividos e então encontrei a resposta.

Você me fez sentir a segurança do abraço apertado, do beijo demorado, das mãos que sustentam, do olhar direto e fixo.

Não precisei te explicar nada, mostrar nenhum caminho ou lhe dá qualquer conselho, você simplesmente tinha meu manual de uso.

Viu minha segurança e também minha insegurança, eu não tive que decidi, eu não tive que escolher, você comandou tudo, tomou as rédias e me mostrou o quão menina ainda sou.

Ainda fico pensando se você ensaiou tudo, se era tudo estrategicamente calculado para me enfeitiçar, ou se de fato você já nasceu assim, pronto, exato, firme e quase decidido.

Me envolveu nos seus braços, me levou tão pra junto do teu corpo que por alguns momentos cheguei a pensar que você tinha medo de me perder, mas foi eu quem perdeu você.

Gostaria de ti odiar, lembra de você com raiva, mas nem mesmo isso. Todos os momentos com você foram lindos, desde o 1° encontro ao último, e você nunca mais apareceu.

Que coisa estranha foi aquela, parecia que eu era exatamente o que você estava procurando e, ao mesmo tempo, eu sentia que nosso laço era fraco, fraquinho.

Apesar da tua partida, eu ainda espero te encontrar, em qualquer lugar, pra gente conversar, quero entender tudo o que você sentiu, tudo o que passou na tua cabeça e qual o motivo da tua fuga.

Ainda não esqueci você.

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