Ninguém vai bater mais forte do que a vida. Não importa como você bate e sim o quanto aguenta apanhar e continuar lutando; o quanto pode suportar e seguir em frente. É assim que se ganha. A frase é bem conhecida do filme Rocky Balboa e é uma das maiores verdades que ouvi e que de perto pude constatar.
Durante minha trajétoria deparei-me com todo tipo de gente, passei por situações que jamais pensei que poderia suportar, no entanto, passei a fase, superei e sobrevivi.
A capacidade humana em tolerar a dor, o sofrimento, o abandono e intempéries nem mesmo diversos artigos científicos do tipo randomizados seriam realmente capazes de nos dá total certeza, pois a nossa espécie é demasiadamente forte, não atoa, somos a raça que subjulgou as demais.
Esses dias dei-me conta daquela frase de Dostoievski, que define o ser humano como o ser que a tudo se habitua. Obviamente que quem realmente conhece o sofrimento de perto consegue nos dizer até que ponto é verdade que a pessoa a tudo se acostuma, sem dúvida! Mas ninguém pergunte de que modo.
Nas ultimas semanas tenho lido o livro do genial Viktor E. Frankl, Em busca de sentido, um médico psiquiatra sobrevivente da insanidade que foi o campo de concentração na época do nazismo e tenho aprendido muito com ele a respeito do que realmente é o sofrimento e o real sentido da vida, bem como aplicar em minha vida a logoterapia (sua maneira de tratar pacientes que estão passando por processos traumáticos, existenciais e depressivos).
Tudo o que o Frankl descreve é de uma generosidade fora do comum e tudo no livro tem mudado minha maneira de encarar a vida, principalmente quando ele fala sobre qual o sentido dela, em alguns pontos ele descreve que quando somos úteis, responsáveis e amamos o outro é que descobriremos que é no mundo que está o verdadeiro sentido da vida para cada um de nós, não existe uma definição genérica, cada um precisa encontrar o seu sentido e isso não está dentro da pessoa humana ou de sua psique, como se fossemos um sistema fechado.
Em resumo, seguindo a ideia do Viktor, o ideal é que possamos conduzir nossas vidas dedicando-nos a realizar algo no mundo ou encontrar alguém para amar e cuidar. Quanto mais a pessoa esquecer de si mesma- dedicando-se a servir uma causa ou a amar outra pessoa-, mais humana será e mais se realizará.
Desejo que você ouse mais. Desejo que você pinte os cabelos e se você se arrepender, ok, pinte de novo. Desejo que você use menos maquiagem e também que use muita maquiagem se isso lhe faz feliz. Desejo que você diga NÃO, mas também desejo que você diga SIM. Desejo que você ame e perdoe-se, mas também permita-se sentir raiva. Desejo que você viaje mais, mas também desejo que você aprecie o silêncio da sua casa. Desejo que você namore muito, mas também desejo que você curta sua própria CIA. Desejo que você sorria por ter errado e também chore arrependido. Desejo que você questione a existência e também desejo que você acredite no sobrenatural.
Desejo que você se apaixone perdidamente, mas também que você encontre o amor da sua vida. Alguém que seja muito mais que amante, que seja amigo.
Desejo que você leia muitos livros, que seu cérebro se expanda ao ponto de você não conseguir conter a infinidade de informação e inevitavelmente terá que dividir com o mundo.
Desejo que você supere o orgulho e a vaidade burra, aquela que nada agrega. Ao contrário, eu desejo que você assuma seus erros, suas responsabilidades e descubra o tamanho da sua força.
Desejo que você descubra o prazer de servir, de dá mais do que recebe. Que você se ofereça para lavar a louça, pagar a conta, jogar o lixo, sorrir, abraçar, tudo proativamente.
Enfim, eu desejo que você se permita sentir, experimentar, arriscar, se arrepender e se embriagar de emoções, para quando nada mais for possível, você conseguir dizer: ao menos eu tentei tudo o que pude.
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