
Quando Nietzsche Chorou é uma leitura profunda, me via em cada página, nunca fiz terapia, mas ali eu pude entender um pouco a respeito da mente humana, é uma leitura voltada para a psicanálise e que nos faz pensar o quanto é fundamental buscarmos em nosso íntimo às respostas que tanto procuramos, tá lá, sempre esteve e está.
Existem perguntas que definem para sempre vários estágios da nossa vida.
Perguntas que temos medo de responder.
Algumas estão tão profundamente enraizadas que quando nos deparamos com elas tendemos a fugir para evitar as respostas.
Quando nos fazemos perguntas como: Quem sou? Por que falo assim? Por que repito os mesmos erros? Por que sempre conheço as mesmas pessoas? São tantas interrogações que se pararmos para respondê-las certamente teríamos uma vida mais leve conosco, com os outros e o alcance do tão almejado autoconhecimento.
Perguntas do tipo: Por que quero isso? Qual o objetivo disso? O que vou ganhar ou perder se fizer ou deixar de fazer determinadas coisas?
E se eu terminar esse relacionamento? E se eu mudar de profissão?
Algumas perguntas são necessárias para iniciar e encerrar ciclos.
Queremos que as pessoas adivinhem o que gostamos ou atendam ás nossas expectativas, mas nunca falamos quais são as nossas regras, nossos sonhos ou desejos.
Martha Medeiros certa vez escreveu: “Excesso de expectativa é o caminho mais curto para a frustração”. Essa é uma boa forma de encararmos a vida como ela é. Quanto menos bichinhos criarmos na nossa cabeça, menos sofreremos.
Seria mais fácil se as pessoas simplesmente verbalizazem seus sentimentos, mesmos os mais simples, parece absurdo, mas o óbvio precisa ser tido.
No entanto as pessoas possuem uma estranha dificuldade em expressar seus sentimentos.
Precisamos ser menos fatalistas e imediatistas e passemos a encarar as situações do dia a dia de forma organizada, resolvendo primeiramente o que é importante, depois o que é urgente.
Estamos em um momento histórico, onde tudo magoa, tudo dói, tudo é preconceito, feminismo, machismo, politicamente e ambientalmente correto, muita divisão e o surgimento de pequenos grupos, muitas células desorganizadas e certos conceitos que em 2 páginas se resumem, uma preguiça de pensar e racionalizar ao ponto de que se você pensa diferente de mim, você está contra mim. É lamentável, mas a vida está extremamente romantizada, o objetivo de todos deveria ser coletivo, mas não é.
Quando paro para pensar sobre a história da humanidade, e me recordo dos gênios e heróis que revolucionaram uma época, é notável o quanto eram engajados em mudar o mundo para o bem de todos e não apenas para si próprio.
Veja Thomas Edison, Napoleão, Nietzsche, Lung King, Henry Ford, Oprah Winfrey, Madre Tereza de Calcutá e tantos outros que enfrentaram a pobreza, o racismo, deficiência, abusos e várias outras limitações para concretizar objetivos, todos de forma incansável e que hoje nos beneficiamos com seus grandes feitos. Quando estudamos a trajetoria dessas pessoas, fatalmente iremos constatar que todos tinham algo em comum, o desejo ardente em tornar real tudo o que acreditavam, sem desistir no primeiro obstáculo.
Eu gosto de refletir a respeito de atletas também, eles me fascinam, muitos não fazem parte da elite do esporte, treinam pelo desejo em se desafiar, em atingir o seu limite, em se superar, essa obstinação é o que os impelem a ir em frente, a tentar mais uma vez, e é esse mesmo pensamento que nos faz tomar decisões e agir.
Penso que o aumento de qualquer força, seja ela física ou mental, só é possível através da própria força, ou seja, a força física é potencializada quando se treina mais, em uma base regular, bem como a força mental é aumentada de acordo com nosso nível de leitura, todo o tipo de leitura, principalmente aquelas densas, com o vocabulário rico de palavras que não temos o hábito de usar rotineiramente, através da cultura, arte, teatro e viagens, além de transmitir o conhecimento para os outros, digo, compartilhar e discutir, é fundamental para fixar o conhecimento, obviamente que nada adianta se não colocarmos em prática o que sai de nossa boca.
Acredito que apesar dessa bagunça no mundo evolutivo, tudo tem um propósito de ser, creio sem sombra de dúvidas que a criação é perfeita e sábia e que o destino é mais progresso para a humanidade, ou seja, se observarmos os arranjos atômicos há uma regularidade estrutural, tudo está em perfeita harmonia e tudo muito bem organizado para o atingimento de um objetivo maior, a formação de células, e, como somos parte de toda essa evolução, certamente estamos caminhando para o equilíbrio perfeito, igualmente como todas as forças do universo.
Concluo que o processo evolutivo é de fato lento e uma frase de Hernest Holmes explica bem um dos problemas da nossa espécie: “Praticamente toda a raça humana está hipnotizada pelo senso comum, pois a maioria pensa o que lhes disseram para pensar”.
Resumindo, só é possível mais progresso quando pensamos fora da caixa, quando olhamos além do horizonte, quando fazemos questionamentos, quando ouvimos mais do que falamos, quando erramos mais, quando adquirimos o senso crítico sobre o que existe na vida.
Está na contramão do mundo é uma tarefa difícil, mas é aí que está o segredo do sucesso.
Pra frente sempre!