
O horizonte de frente a mim e a infinita vontade de descobrir o que existe do lado de lá.
Seguindo um roteiro que não programei, uma rota aleatória e a vida ditando a regras.
Dos planos que fiz não consigo recordar-me das vezes que fui parado e quantas vezes tive que ser forte para não desabar.
Descobri que amar doí, mas ensina, descobri que paixões vêm e vão, que tudo pode mudar em questões de segundos e que estamos lutando contra um relógio invisível.
Não faz muito tempo que uma tela branca foi colocada de frente a mim e mais uma vez a oportunidade de escrever um novo capítulo, estou diante de um cenário novo e o capítulo mal começou, trilha sonora sem definição, mas os personagens começaram a aparecer.
Vejo sinais que indicam que o sol muito em breve brilhará com mais intensidade, mas enquanto isso, devo preservar energia, construir um abrigo seguro e manter as expectativas em um nível aceitável e assim, não sofrer com o imprevisível.
Sigo indo em velocidade média, num ritmo cardíaco dentro da normalidade, algumas vezes parando para tomar uma xícara de café, sentir a brisa que vem do sul e reavaliar as mudanças que ocorreram no meio caminho, se por algum motivo a temperatura cair, o sol não surgir ou o tempo parar, continuarei a remar, se preciso for, rastejar.
Dizem que depois da tempestade vem a calmaria, prefiro acreditar que sim, já vim de tantos não’s que talvez eu tenha que aprender a lidar com o sim. E nessa busca que não termina jamais, ando comigo mesmo e minha paz.